A Acupuntura tem se mostrado um importante aliado na área de cuidados paliativos, auxiliando a restabelecer o quadro de saúde ou atenuar o quadro clínico da enfermidade, agindo também como adjuvante de outras formas terapêuticas. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), no Brasil, cerca de 500 mil pessoas necessitam desse tipo de tratamento e no mundo esse número ultrapassa os 20 milhões.
Atualmente, os enfermos crônicos, terminais e portadores de doenças graves podem contar com residências médicas e unidades de cuidados paliativos, onde são tratados com medicamentos e acompanhamento médico constante. Nesses casos a Acupuntura também pode ser uma importante aliada, pois seus resultados vão muito além do controle da dor, já que ela atua na mente do doente, aliviando o estresse, a depressão e a ansiedade.
“Na área de cuidados paliativos, além do quadro de dor, a Acupuntura pode ser aplicada para tratar sequelas de AVC, acidente vascular cerebral, sobretudo nos quadros iniciais, aos que se submetem à quimioterapia e radioterapia para atenuar os sintomas colaterais, no mosaico sintomatológico das doenças consuptivas, proporcionando condições de dignidade ao paciente”, detalha Dr. Ruy Tanigawa, médico acupunturista membro do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAESP)
Os conhecimentos relativos à eficácia da acupuntura na área de atuação de cuidados paliativos são de pleno domínio dos médicos especialistas, entretanto a interatividade nessas áreas ainda encontra-se em fase inicial, principalmente, porque ainda se supõe que a indicação da acupuntura esteja limitada aos quadros dolorosos. Por isso o papel do médico acupunturista é fundamental para esclarecer sobre os benefícios do tratamento e ajudar a mudar esse cenário.
A ligação entre a mente e o corpo é fundamental no tratamento da Acupuntura que é amplamente utilizada no alívio da dor, mas que também se mostra muito eficaz no tratamento da ansiedade, nervosismo, qualidade do sono, disposição física e na melhora da imunidade. O tratamento libera neuroendorfinas que agem no sistema nervoso central com resposta neuroimunoendócrino que proporciona a sensação de bem estar.
De acordo com Dr. Ruy, rotineiramente os pacientes submetem-se de uma a três sessões por semana e a resposta depende de vários fatores, sobretudo ao estágio da enfermidade, da possibilidade de reversibilidade da doença e da susceptibilidade ao tratamento.
Durante o período de recuperação ou tratamento de doença crônica, o paciente necessita de tranquilidade, equilibro e qualidade de vida para que a saúde seja restabelecida, por isso a acupuntura é uma importante aliada nessa batalha, pois age no corpo ao aliviar as dores e na mente para controlar as emoções.
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